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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Varando a noite pelas ruas de São Paulo

Sábado a noite nos embalos do amores inabaláveis nas baladas da cidade de São Paulo, tudo é perfeito até aquele trânsito charmoso a caminho dos lugares mais badalados da cidade. As pessoas se vestem bem, estamos animados a procura de uma felicidade insaciável para encher o nosso ego e chegarmos na segunda -feira no trabalho e falar : "fim de semana maravilhoso".
Atrás de todo esse brilho e da noite iluminada o que conseguimos enxergar? Eu mesma posso responder a pergunta, acredito que quem já varou a noite até as 8 da matina por vários lugares de São Paulo consegue ver um pouco do que somos de verdade atrás da fantasia que colocamos em nós mesmos.
Quando saímos a noite queremos mostrar que somos felizes, bonitos e bem resolvidos, chegamos cheios de amor pra dar e temos muitos amigos, mas na verdade isso não passa de uma situação superficial.
Sim a noite somos superficiais, não mostramos quem somos, apenas mostramos o que gostariamos de ser. Queremos aceitação, desejamos que nos achem interessantes, que nos achem atraentes, e nos achem popular, mas pra que? O ser humano por si só precisa mostrar para os outros que está por cima, só que de forma teatral, pois a insegurança de mostrar o que realmente somos é muito dolorida enquanto somos criticados o tempo todo por tudo que nos cerca.

São Paulo a noite

Somos condenados o tempo todo, pela sociedade, pelo núcleo familiar, pelos companheiros de trabalho, na escola, na faculdade e até pela nossa religião, nunca estamos perfeitos, mas queremos ser aceitos, queremos ser idolatrados e queremos participar do que está na moda.
A noite tudo pode acontecer somos personagens da nossa própria peça de teatro e somos nós próprios os diretores, a noite é mágica e romântica e tem cheiro de sensualidade. Mas tem o lado negro e escuro da noite, onde há  pessoas procurando diversão com brigas, com drogas, com moléstias. Eu mesma passei a noite na banca de jornal próximo dos Bares da Vilaboim discutindo com o meu namorado no celular e vi brigas homéricas de casais, vagabundos jogando garrafas e fazendo sujeira e mulheres se oferecendo como um espeto de alcatra. Logo depois fui em uma cafeteria e vi mauricinhos e patricnhas pós balada dizendo quantos "pegou" na noite. Vi aqueles homens que vão sózinhos na cafeteria pra ver arruma uma mulher na esperança de rolar alguma coisa. Bebados pedindo consolo, e o dia clareando quando percebo esses personagens da noite não os vejo mais, só vejo pessoas comuns comprando pão, e passeando com o cachorro na rua, isso tudo como se nada tivesse acontecido nas noites de São Paulo.



2 comentários:

  1. Nossa, lindo o texto!
    Metáforas bem feitas, e uma análise bem legal do nosso inconsciente querendo mostrar o que não somos (e queremos ser).
    De fato, quem nunca varou noites em São Paulo, perde muito...
    Parabéns pelo texto! =)

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  2. Obrigada Gahx fico feliz que tenha gostado, como meu blog ainda é recente tenho poucos posts, mas pretendo escrever texto nessa mesma linhagem. Até mais!

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